terça-feira, 24 de setembro de 2013

[ESQUEMA DE FRAUDE] - Modelo joinvilense é suspeita de participar de quadrilha que fraudava fundos de pensão

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Luciane Lauzimar Hoepers, 33 anos, foi presa temporariamente pela Polícia Federal

A joinvilense é formada em administração e participou de esquema criminosoFoto: DIVULGAÇÃO / Divulgação
A modelo joinvilense Luciane Lauzimar Hoepers, de 33 anos, é suspeita pela Polícia Federal de participar de uma quadrilha que fraudava fundos de pensão. Presa desde a semana passada, ela foi solta às 0h desta terça-feira, depois de prestar depoimento. Vai responder em liberdade. De acordo com a Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal, Luciane era "pastinha" da quadrilha, ou seja, responsável por se aproximar de prefeitos e gestores de fundos para captar verbas para empresas de fachada oferecendo benefícios. 

Luciane confessou que viajou a mando da organização de Norte ao Sul do país abordando prefeitos para participarem do esquema, mas não soube dizer por quantas cidades passou. De acordo com o Setor de Comunicação Social da Superintendência, um dos prefeitos que conversou com Luciane aderiu à organização criminosa. O Setor, no entanto, não soube informar quantos gestores receberam propostas da modelo e de qual cidade é o prefeito que pode ter recebido propina para investir os fundos de pensão do município. Também não foi revelado quanto ela recebia pelo serviço.

A modelo prestou depoimento sem ter advogado constituído e responde por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A tática dos criminosos era usar mulheres bonitas para aliciar prefeitos. Luciane participou de diversos ensaios sensuais e foi eleita Bela do Avaí em 2012. Além dela, outras quatro modelos foram presas temporariamente.

Como funcionava o esquema

A Polícia Federal deflagrou a Operação Miquéias, com o intuito de prender os envolvidos em duas organizações criminosas que agiam no Distrito Federal e em mais nove estados do país. Os envolvidos são acusados de desviar mais de R$ 50 milhões de fundos de pensão de servidores de prefeituras e governos estaduais para empresas de fachada, criadas por laranjas. Desde quinta-feira, 20 pessoas foram presas.

O esquema iniciava com a abordagem de prefeitos e gestores de fundos de pensão por representantes de uma empresa de consultoria financeira. O intuito era que os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) dos municípios — formados por constribuições de servidores municipais e estaduais — fossem aplicados nos fundos indicados pela empresa coordenada pela quadrilha. Os prefeitos e gestores recebiam benefícios, como parte da verba investida nos fundos. 

Nomes de laranjas eram usados para abrir empresas. Eles abriam contas em diversos bancos e recebiam os recursos dos RPPS. Os valores eram sacados em espécie. Segundo a Polícia Federal, foram sacados mais de R$ 300 milhões em um ano e meio. Quando os órgãos de fiscalização ficavam atentos às transações, as empresas eram descartadas e novas surgiam no mercado. A quadrilha formou mais de 30 empresa e contou com 35 laranjas. Os prejuízos nos fundos de pensão chegaram a R$ 50 milhões.

Os estados que tiveram ações da Polícia Federal foram Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Minas Gerais e São Paulo. Dentre os veículos apreendidos, 10 são avaliados em mais de R$ 500 mil cada.

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