quarta-feira, 25 de setembro de 2013

[VIOLÊNCIA NO BOM RETIRO] - Avô descreve a angústia de encontrar a neta assassinada em matagal na Zona Norte de Joinville

Notícias do Dia
por Aldo Urban

Vitória Schier, 16 anos, foi achada semi-despida e caída de bruços perto da rua Carlos Alberto Neubauer, no bairro Bom Retiro

"Fiquei sem chão diante daquela cena", diz Emílio Schier (Foto: Fabrício Porto / ND)
Na tarde de segunda passada (23), a adolescente Vitória Schier, 16 anos, não voltou para casa depois do colégio.
A estudante, matriculada no 2o ano do ensino médio, em Joinville, era normalmente apanhada na saída da aula pelos pais, mas desta vez foi diferente. “A avó dela está muito mal no hospital, por isso, a mãe dela não pôde buscá-la no colégio. Ela veio de ônibus”, disse a mãe de um rapaz que estudava com a garota. Vitória foi vista pela última vez descendo do coletivo próximo à residência onde morava com os pais e o irmão mais velho, no bairro Bom Retiro, por volta de 13h30. A partir daquele ponto, o que aconteceu é um mistério a ser desvendado pela Polícia Civil.
Equipe do Instituto Geral de Perícias examinou a cena do crime em busca de indícios  (Foto: Fabrício Porto / ND)
Vitória, que completaria 17 anos no dia 21 de novembro, ficou desaparecida por mais de dez horas até que seu corpo foi achado pelos avós paternos em um matagal na rua Carlos Alberto Neubauer, próximo a um córrego, a cerca de 200 metros da casa da família. Emilio Schier, 66 anos, contou nesta terça ao jornal Notícias do Dia como foi a angústia e o choque que tiveram ao localizar a neta sem vida caída no meio do matagal. 

"Fiquei sem chão”
Foi tudo muito triste! Fiquei sem chão diante daquela cena. Passamos a tarde toda atrás da Vitoria. Ela nunca ficou sem dar notícias, nunca sumiu assim, por isso, quando deu duas horas e ela não estava em casa, começamos a ficar preocupados. No final da tarde, fizemos um boletim de ocorrência e a polícia disse que teríamos que procurar a Vitória. Ligamos para amigos, olhamos perto da escola, e em todo o bairro onde ela morava. Meu filho chegou a entrar no mato onde estava o corpo, por volta das 20h, mas não achou o corpo da Vitória. Pouco antes da meia-noite, decidimos entrar novamente no matagal. Peguei uma trilha, e logo achei o tênis dela. Andei mais um pouco e a vi caída naquela situação. Com uma lanterna ergui a cabeça e vi: ali estava a minha neta caída de bruços, só com a camiseta do uniforme, em meio a uma vala. Estava morta. Naquelas condições, para o desespero de todos.

Local
O terreno onde Vitória foi encontrada fica a poucos metros de onde ela morava, com o irmão de 22 anos e os pais. Meu filho é metalúrgico e minha nora deixou o trabalho para cuidar da mãe, que está internada no Hospital São José, em estado grave, lutando contra um câncer. Vitória sempre tinha medo de passar por aquela região. Por isso, quando ela vinha de ônibus da escola, a minha nora pegava ela no ponto de ônibus. Mas geralmente minha nora sempre ia levá-la e buscá-la na escola, mas Vitória teve que retornar sozinha na segunda.


Último contato
Como a mãe da Vitória não podia buscá-la na escola, ela saiu do colégio e com o namorado – com o qual está há seis meses – foram até o Centro. Lá, ele pegou o ônibus para o bairro Vila Nova e minha neta para o Bom Retiro. Há imagens dela chegando ao terminal, embarcando no ônibus. Acreditamos que ela tenha descido na esquina de casa e foi atacada, por volta das 13h30.

Investigação
Não sabemos o que aconteceu. Não sabemos como isso aconteceu. São muitas as possibilidades, não descartamos nada, só tenho certeza que minha neta morreu inocentemente. Era uma menina boa, maravilhosa, sem inimigos. Mas confiamos no trabalho da Polícia Civil, as equipes estão empenhadas e sei que farão de tudo para nos explicar o que aconteceu e apontar o responsável.

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