domingo, 30 de junho de 2013

Defesa cria setor para segurança de grandes eventos

Estadão
LUCI RIBEIRO - Agência Estado

O ministro da Defesa, Celso Amorim, instituiu uma nova área dentro do Ministério da Defesa para tratar exclusivamente da segurança pública durante os grandes eventos que o País vai receber, como a Copa das Confederações neste ano, a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016. A Assessoria Especial para Grandes Eventos (AEGE) terá atuação até 31 de dezembro de 2016.

A nova área deverá facilitar a coordenação das ações do Ministério da Defesa com os demais órgãos participantes dos grandes eventos e orientar a integração das ações de defesa e de segurança pública. Também irá cooperar com a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça.

A Aege terá assessor-chefe, assessor-adjunto, quatro gerências, grupo de apoio administrativo e o Escritório de Ligação no Rio de Janeiro. A força de trabalho da Aege será composta por civis e militares nomeados, além de pessoal do Ministério da Defesa e de militares das Forças Armadas, designados para atender às tarefas a serem desenvolvidas em cada um dos grandes eventos. A portaria normativa que cria o novo departamento no Ministério da Defesa está publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira. 

TURISTAS ENTRAM NA ONDA DOS PROTESTOS

O Dia On Line
Constaça Rezende

Manifestações no Rio de Janeiro atraem estrangeiros, que elogiam a mobilização popular, apoiam as reivindicações levantadas e criticam atos de vandalismo


Rio - Nada de Pão de Açúcar, Corcovado ou Santa Teresa. Em dia de manifestação, estrangeiros têm trocado os tradicionais pontos turísticos do Rio de Janeiro pelas passeatas. A luta contra a corrupção e por mais investimentos nas áreas de saúde, transporte e educação foi apontada pelos turistas como o motivo mais forte para também saírem às ruas.

A sueca Frida Nilsson,de 26 anos, interrompeu seu roteiro de férias no Brasil para engrossar o ato de quinta-feira, na Candelária: Fiquei sabendo pelo Facebook e achei legítimos os protestos contra corrupção, altas tarifas de transportes e gastos excessivos com a Copa do Mundo”.
Os franceses Julian Maza, 31, e Guillaume Voelckel,32, também foram para a manifestação, mas fizeram críticas. “Em Paris, há muitas manifestações, mas ninguém cobre o rosto”, disse o professor de Educação Física Julian.

A professora universitária americana Emily Peine, de 37 anos, também foi à manifestação para brigar por melhorias no Brasil, em setores estratégicos como transportes. “Os impostos brasileiros são muito altos em comparação dos investimentos feitos. Estive em algumas áreas rurais para pesquisar a agricultura brasileira e vi que as estradas estão péssimas”, argumentou a turista americana.

A portuguesa Flavia Fonseca, 22, e a canadense Gabrielle Desrosiers, 21, estudantes de Serviço Social, também resolveram se juntar aos brasileiros nas reivindicações, mas ficaram receosas com o forte aparato policial. “Tem mais policiais do que manifestantes, o que é uma forma de intimidar, desrespeitando o direito de manifestar. Estamos com medo de sermos presas e deportadas, já que os policiais estão prendendo todo mundo sem distinção”, disse Gabrielle, assustada.

Embaixadas demonstram preocupação
Apesar da grande adesão de turistas às manifestações, embaixadas têm feito alerta a seus cidadãos para evitar os protestos. A Embaixada dos EUA em Brasília frisou que, embora a maior parte dos atos tenha caráter pacífico, polícia e manifestantes foram feridos em confrontos.

“A resposta da Segurança tem sido dosada, mas a polícia tem usado táticas de controle de multidões, incluindo bombas de gás lacrimogêneo e unidades da cavalaria”, informam autoridades americanas.

O Ministério de Assuntos Exteriores da Espanha informou que “foram constatados incidentes violentos liderados por grupos minoritários” e recomendou a consulta a jornais para evitar áreas de confronto.

Cancelamento chega a 27,5%
A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) do Rio estimou que entre 17 e 24 de junho, período com manifestações, 27,57% das reservas foram canceladas no Centro, área onde houve grandes concentrações de pessoas.

O gerente do Albergue Happy Rio, em Copacabana, Neto Oliveira, levou grupo de turistas para a manifestação de segunda-feira. Ele disse que muitos viram nos eventos um ato cultural e, por isso, quiseram assistir. “Eles acharam impressionante, principalmente, a quantidade de gente”. Gerente do El Misti Hostel, no mesmo bairro, Dario Alvares disse que hóspedes pediram informações sobre a segurança das manifestações.

Crack, cocaína e maconha são apreendidos pela Deic em Joinville

Notícias do Dia
Windson Prado

Entorpecentes estavam com seis pessoas nos bairros Comasa e Petrópolis

(Esta imagem é grifo do Blog Cidade Segura On Line)
Cinco pessoas foram presas e drogas foram apreendidas durante operação da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais) em Joinville. Depois de apreender cerca de 3,5 kg de maconha e prender três homens suspeitos de tráfico, no bairro Petrópolis, zona Sul, no início da noite da quinta-feira passada (27), os agentes continuaram na sexta-feira as ações contra o tráfico na cidade.
No início da madrugada desta sexta-feira (28) foram apreendidas cocaína e crack com dois rapazes que estavam na frente de uma frente boate no bairro Espinheiros. Os policiais tiveram um reforço para a localização de entorpecentes. Marley, um cão da raça golden retrieven.

GAROTA DE 13 ANOS É APREENDIDA APÓS ASSALTAR COMÉRCIO E AMEAÇAR BEBÊ EM JOINVILLE

AN

Adolescente queria levar roupas que provou em uma loja na zona Sul

Arma utilizada por adolescente era de brinquedo (Foto: Schirlei Alves / Agência RBS)

Uma adolescente de 13 anos foi apreendida, na tarde deste sábado, após tentar assaltar uma loja de roupas na rua Adolfo da Veiga, no bairro Escolinha, em Joinville. Ela entrou na loja, escolheu algumas roupas e, em seguida, anunciou o assalto com uma arma de brinquedo. A garota ainda pegou um bebê de pouco mais de um ano - filho da proprietária - no colo e passou a ameaçá-lo. 


O pai da criança chegou em tempo e conseguiu imobilizar a garota. Policiais do Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT) da Polícia Militar que passavam pelo local em rondas apreenderam a adolescente. Um rapaz que dava cobertura para a garota acabou fugindo em uma motocicleta. 



A adolescente foi levada para a Central de Polícia e depois foi encaminhada para a Delegacia da Mulher, Criança, Adolescente e Idoso. Possivelmente ela ficará apreendida no Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório de Joinville (Casep), por ter praticado um crime com violência. A decisão será tomada pelo juiz de plantão.

MANIFESTAÇÃO CONTRA A CORRUPÇÃO REÚNE 300 PESSOAS EM JOINVILLE

AN
Leandro S. Junges

Protesto partiu da praça da Bandeira e seguiu até a Prefeitura

Manifestantes no Terminal Central (Foto: Salmo Duarte / Agência RBS)
Cerca de 300 manifestantes fizeram um protesto contra a corrupção na tarde deste sábado, no Centro de Joinville. As pessoas se organizaram pelo Facebook e surpreenderam policiais militares e agentes de trânsito ao sair andando por várias ruas do Centro, partindo da praça da Bandeira.


O pequeno grupo caminhou e gritou por cerca de duas horas e o movimento foi encerrado na avenida Beira-rio, em frente aos prédios da Prefeitura e da Câmara de Vereadores.

Com um trajeto diferente dos outros protestos, os manifestantes ganharam a atenção de quem entrava ou saía do Shopping Mueller. Pela primeira vez, o helicóptero Águia, da Polícia Militar, foi usado para monitorar a passeata.

Houve uma nova invasão ao terminal Central. Mas, ao contrário das outras duas vezes, os manifestantes não entraram sem pagar nos coletivos. Em vez disso, todos saíram e cantaram o Hino Nacional na praça da Bandeira.

A mesma manifestação foi convocada para a semana anterior, mas fracassou porque menos de 100 pessoas apareceram na praça. Neste sábado, o grupo não foi muito maior — ainda muito longe dos mais de 8,3 mil que haviam confirmado a participação pela rede social —, mas fez barulho no Centro.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

EVENTOS - TECNOLOGIAS BRASILEIRAS DESPONTAM NA SEGURANÇA DA COPA DAS CONFEDERAÇÕES

Defesanet
Soluções avançadas para o controle de tráfego aéreo podem ser vistas no Centro Aberto de Mídia, no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro
Desenvolvido pela ATECH – do Grupo Embraer Defesa & Segurança - , em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), o SAGITARIO é o novo sistema de controle de tráfego aéreo em operação no Brasil e já vem sendo utilizado no espaço aéreo das regiões de Brasília, Curitiba e Recife (CINDACTA I, II e III), respectivamente. Foto - FAB
Nos bastidores da Copa das Confederações, primeiro dos grandes eventos esportivos que terão sede no Brasil, a tecnologia brasileira vem sendo um dos grandes destaques no quesito segurança de voo.

O público que visitar o Forte de Copacabana, até o dia 29 de junho, poderá conferir como funciona o sistema de controle de tráfego aéreo SAGITARIO (Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatórios de Interesse Operacional). Uma console do sistema será operada por um especialista em controle de tráfego aéreo, simulando a realidade dos grandes centros de controle aéreo do País.

Desenvolvido pela ATECH – do Grupo Embraer Defesa & Segurança - , em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), o SAGITARIO é o novo sistema de controle de tráfego aéreo em operação no Brasil e já vem sendo utilizado no espaço aéreo das regiões de Brasília, Curitiba e Recife (CINDACTA I, II e III), respectivamente. O produto marca a evolução do controle padronizado no País, conhecido como Sistema de Tratamento e Visualização de Dados (STVD). Esta nova solução mostra avanços na comunicação, navegação e vigilância para o comando e o controle do tráfego aéreo nacional.

A tecnologia do SAGITARIO foi desenvolvida com a participação dos profissionais que atuam na linha de frente do controle de tráfego aéreo, os controladores, e segue as melhores práticas e recomendações existentes no mercado internacional, dentre eles os sistemas especificados pela Eurocontrol (Organização Européia para a Segurança da Navegação Aérea).
As informações meteorológicas também podem ser conferidas em tempo real no Centro Aberto de Mídia. Uma TV foi instalada no local e recebe dados em tempo real, vindos de um dos radares da FAB fabricado pela IACIT, empresa de São José dos Campos responsável pela modernização dos radares meteorológicos do Comando da Aeronáutica. O modelo dos radar é o RMT 0100DS e capta informações a um raio de 400 quilômetros de Petrópolis, onde está instalado, conseguindo prever eventos meteorológicos com antecedência de duas horas.
 
Esse tipo de equipamento monitora e proporciona informações para que ações sejam realizadas para evitar ocorrência de catástrofes em decorrência de eventos meteorológicos severos. A Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica tem como objetivo integrar os produtos meteorológicos voltados à aviação civil e militar, visando tornar o acesso a estas informações mais rápido, eficiente e seguro.

IRÃ PÓS-AHMADINEJAD NÃO SINALIZA RECUO EM ATIVIDADE NUCLEAR

Defesanet

O Irã vai avançar com seu programa de enriquecimento de urânio, disse o chefe de energia nuclear do país nesta sexta-feira, sugerindo que não haverá mudança de rumo apesar da eleição de um presidente relativamente moderado este mês.
Fereydoun Abbasi-Davani, chefe da Organização de Energia Atômica da República Islâmica, disse que a produção de combustível nuclear "continuará em linha com nossos objetivos declarados. O enriquecimento ligado à produção de combustível também não vai mudar." Falando a jornalistas através de um intérprete em uma conferência sobre energia nuclear em São Petersburgo, na Rússia, ele disse que o trabalho na instalação subterrânea de Fordow -- que o Ocidente deseja que o Irã feche-- também vai continuar.

O Irã diz que está enriquecendo urânio para alimentar uma rede de usinas de energia nuclear. Mas o urânio enriquecido também pode fornecer material potencial para bombas nucleares, o que o Ocidente teme que possa ser o objetivo final de Irã.
As esperanças de uma resolução para a disputa nuclear do Irã com o Ocidente foram impulsionadas este mês com a eleição para presidente de Hassan Rouhani, que prometeu uma abordagem menos agressiva com o exterior em relação ao atual presidente Mahmoud Ahmadinejad. Como principal negociador nuclear entre 2003 e 2005, Rouhani chegou a um acordo com os países europeus em que o Irã suspendeu temporariamente as atividades de enriquecimento de urânio.

Deputado Donadon se entrega à Polícia Federal e é preso em Brasília

Folha de São Paulo
FERNANDO MELLO / MÁRCIO FALCÃO - DE BRASÍLIA

Primeiro deputado com ordem de prisão no exercício do mandato desde a redemocratização do país, Natan Donadon (PMDB) entregou-se à Polícia Federal nesta sexta-feira (28), quase dois dias depois de o mandado de prisão ser expedido.

Donadon se apresentou em uma rua de Brasília ao superintendente da PF no Distrito Federal, Marcelo Moseli, e outros policiais federais. Ele se entregou em frente a um ponto de ônibus e assinou o mandado na rua mesmo. O parlamentar terá que passar por exames e ficará preso até ser transferido para um presídio.




Ao longo de toda quinta-feira a PF utilizou informações de inteligência, seguiu carros suspeitos, fez buscas no apartamento funcional e no gabinete, além de realizar intensas negociações com os advogados do parlamentar para tentar viabilizar a prisão. Porém, o deputado não foi encontrado e preso.

Donadon fechou um acordo para se entregar de forma espontânea e se encontrou com o chefe da PF no Distrito Federal. Inicialmente, ele chegou a descumprir um acerto com a PF para se apresentar até o início da tarde. O diretor-geral da PF, Leandro Daiello, participou da negociação para que não houvesse turbulência no processo.

Foi acertado que não haveria uma exposição de Donadon. Uma das preocupações era com a imagem dele sendo preso por agentes da Polícia Federal.
O deputado federal de Rondônia, Natan Donadon, condenado pelo STF por formação de quadrilha e peculato
O deputado começou a ser procurado desde o fim da tarde de quarta-feira. A busca partiu horas depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) determinar a imediata prisão do parlamentar.

Donadon foi denunciado em 1999. Ele foi condenado em outubro de 2010, quando o tribunal entendeu que ficou comprovada sua participação em esquema na Assembleia de Rondônia que, segundo as apurações, desviou R$ 8,4 milhões por meio de simulação de contratos de publicidade. Nesta semana, os ministros entenderam que não cabia mais chance para recursos e determinaram a prisão.

A entrega do deputado foi negociada pelo advogado Nabor Bulhões, que assumiu o caso depois da condenação em 2010. Ele foi procurado em seu gabinete por integrantes da cúpula do PMDB que fizeram a intermediação para a contratação. Na época, a recomendação do PMDB a Bulhões foi para apresentar os recursos e também entrar em campo para evitar uma eventual prisão.

O advogado ainda estuda, mas deve pedir ao STF um recurso chamado de revisão criminal, que pode ser proposto contra decisões já efetivadas.

CASSAÇÃO
Como não foi encontrado, a Câmara ainda não conseguiu notificá-lo da abertura do processo de cassação de seu mandato. Emissários da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) devem fazer hoje uma terceira tentativa.

Se não for localizado, a partir de segunda-feira, a abertura do processo será publicada no Diário Oficial da União, abrindo o prazo de cinco dias para a apresentação da defesa. Depois da CCJ, o processo de perda do mandato terá que passar pelo plenário da Câmara, tendo que ser aprovado por 257 deputados.

Nesta quinta, o PPS pediu que o comando da Câmara decrete a cassação imediata de Donadon. "Não cabe às Casas do Congresso, segundo decidiu o Supremo, deliberar sobre a perda ou não do mandato do parlamentar com a sentença criminal condenatória", disse o presidente do partido, deputado Roberto Freire (SP).

A expectativa é que a questão seja rejeitada. O entendimento é que cabe ao parlamentar o amplo direito de defesa, mesmo com a condenação.

Veja também: RESULTADOS DOS PROTESTOS NO BRASIL

VIOLÊNCIA DE PROTESTOS SURPREENDE ABIN

Defesanet
O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Roberto Trezza, diz que a agência produziu mais de 110 relatórios sobre a Copa das Confederações e já havia detectado a possibilidade de manifestações no país meses antes dos jogos. Para cuidar dos grandes eventos, a Abin criou Centros de Inteligência Regional em cada cidade sede, comandados por um Centro de Inteligência Nacional em Brasília. Segundo Trezza, todos os relatórios foram repassados aos governos estaduais e ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.
O tamanho dos protestos, porém, não foi dimensionado com antecedência, nem o grau de violência. "Inteligência não é adivinhação nem exercício de futurologia", justifica o chefe da Abin. Ele diz não saber se a presidente foi pessoalmente prevenida dos protestos, pois a agência só se reporta diretamente GSI, por meio de seu ministro-chefe, o general José Elito Siqueira. "Não despacho com a presidenta."
Valor: A Abin antecipou que haveria manifestações?
Wilson Roberto Trezza: Por ocasião das avaliações de risco já havíamos detectado, há meses, a possibilidade de manifestações. Tempos atrás nós alertávamos que haveria a possibilidade de manifestações desse grupo "Copa pra Quem?". Em todos os lugares do mundo onde se realizou um grande evento aconteceram manifestações, não é privilégio do Brasil.
Valor: Outros grupos já tinham sido identificados?
Trezza: Que poderiam participar de manifestações, sim. Mas essa grande manifestação surgiu principalmente de um crescimento absolutamente inexplicável e inesperado do Movimento Passe Livre. Se você me perguntasse no primeiro dia, em que 200 pessoas se reuniram, se eu seria capaz de dizer que, uma semana depois, teríamos 300 mil pessoas na Candelária [no Centro do Rio de Janeiro], ninguém seria capaz de dizer. Inteligência não é adivinhação nem exercício de futurologia, é uma atividade técnica. Você trabalha com base em dados disponíveis.
Valor: O risco de manifestações nessa proporção e com atos de violência e vandalismo chegou a ser comunicado ao governo federal?
 
Trezza: Não chegou a ser comunicado ou estimado com meses ou anos de antecedência, mas à medida que começou a acontecer o primeiro evento, a inteligência começou a perceber o potencial de crescimento.
Valor: Alguma informação foi passada à Presidência da República?
Trezza: Nós temos inteligência para uso tático e operacional, e temos a inteligência estratégica, de Estado. Esta interessa ao grande processo decisório. No nível estratégico, elaboramos relatórios de inteligência. Os dados são encaminhados ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, a quem somos subordinados.
Valor: Como o GSI trata esses dados?
Trezza: O GSI difunde os dados para as áreas que têm responsabilidade sobre esses assuntos. Determinado assunto pode ser de interesse de um ou outro ministério, da Casa Civil, da Presidência da República... Vai depender da avaliação do GSI.
Valor: Como essas manifestações representam um risco político, não seriam objeto de interesse da Presidência?
Trezza: Eu posso encaminhar o relatório de inteligência para o ministro-chefe do GSI e ele entender que não precisa necessariamente entregar o relatório, ou ele pode reportar o fato à presidenta da República. Agora, se me perguntar quais dos cento e poucos relatórios que produzimos foram encaminhados ou se sentaram pra conversar, não sei dizer.

Valor: O senhor não sabe se a presidente estava a par dessa situação de dimensões inesperadas?
Trezza: Ainda que a presidenta não recebesse nosso relatório, se quatro ou cinco ministros envolvidos na questão receberem, isso será objeto de deliberação. Essas informações foram trocadas com todas as estruturas envolvidas com os grandes eventos.
Valor: Como é essa estrutura?

Trezza: Hoje temos três grandes estruturas envolvidas com os grandes eventos: a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça, que cuida de todos os aspectos voltados para a segurança pública, além das áreas estaduais e federais de segurança. Eles criaram Centros Integrais de Comando e Controle, um nacional e centros regionais para cada cidade sede.

A Defesa criou Centros de Comando de Defesa de Área, nas cidades sede, em que participam Exército, Marinha e Aeronáutica. Nós criamos um modelo semelhante, um Centro de Inteligência Nacional, na Abin, em Brasília, em que estão todos os representantes do Sistema Brasileiro de Inteligência, composto por 35 órgãos representantes de 15 ministérios, e também temos a presença de órgãos da segurança e da defesa. E criamos em cada cidade sede um Centro de Inteligência Regional, para o qual convidamos inclusive o município, como a área de trânsito, a guarda municipal...
Valor: A Copa das Confederações transformou-se em vitrine para os protestos. O que a Abin já produziu em relação à Copa das Confederações?
Trezza: Já produzimos mais de 110 documentos. A inteligência é sempre a primeira que começa a funcionar. Instalamos nossos centros no dia 15 de maio deste ano. A partir de 10 de junho, começamos a trabalhar 24 horas por dia. Durante o evento fazemos avaliação de risco "a quente".
Valor: Como foram usados esses relatórios?
Trezza: A Abin difundiu todos os relatórios para todas as áreas de segurança e defesa. Uma das competências em relação à Copa das Confederações é elaborarmos uma avaliação de risco. De 2011 pra cá, fizemos uma média de oito para cada cidade-sede. As avaliações de risco que fizemos um ano atrás, seis meses atrás, foram encaminhadas, e em alguns casos eu estive pessoalmente com o ministro-chefe do GSI, e entregamos nas mãos dos governadores de Estado. A Abin tem uma superintendência em cada Estado e os órgãos dos Estados foram convidados a trabalhar conosco.
"As grandes manifestações surgiram de um crescimento absolutamente inexplicado e inesperado do Passe Livre"
Valor: Que tipo de risco foi identificado?

Trezza: Temos dificuldade, por exemplo, com vias de acesso, em eventual necessidade de evacuação do estádio. De maneira geral, os estádios no Brasil não foram concebidos para os grandes eventos, alguns ficam no centro da cidade.

O que fazemos é prever todas as situações que poderiam configurar risco ou dificuldade, e sugerimos soluções para mitigar ou eliminar o risco. Levantamos potenciais vulnerabilidades das infraestruturas estratégicas, na rede hoteleira, nos trajetos percorridos pelas delegações, nos centros de treinamento, nos estádios.
Valor: Havia alguma previsão da possibilidade de vaia à presidente Dilma na abertura da Copa das Confederações, em Brasília?
Trezza: Havia. Isso aconteceu no Panamericano, já virou praxe. Mas eu acho que as pessoas estão dando uma importância muito grande para a vaia. Eu estava no estádio, o público vaiou até a seleção brasileira. Qualquer pessoa que estivesse responsável pela abertura do evento possivelmente seria vaiada.
Valor: Essa previsão foi comunicada diretamente à presidente?
Trezza: Eu não despacho com a presidente da República.
Valor: O senhor comunicou ao GSI?
Trezza: Sim, nós conversamos sobre esses assuntos durante reuniões, todo dia temos reuniões. Certamente deve ter chegado.
Valor: Há relatos de que a presidente estaria descontente com os órgãos de inteligência e de segurança.
Trezza: Eu li isso nos jornais e logicamente tentei me inteirar. Nunca me reportaram isso e ninguém nunca confirmou.
Valor: Não há desgaste?
Trezza: Quero acreditar que não. Nunca fui comunicado de qualquer tipo de desgaste.
Valor: O fato de o GSI não ter sido chamado para discutir respostas do governo às manifestações foi interpretado como sinal de descrédito, de que a inteligência do governo não funcionou.
Trezza: O que eu percebo é que a presidenta não quer envolver o gabinete pessoal nessas questões. O GSI faz a segurança pessoal, não se envolve na segurança das manifestações ao redor dos estádios. Independentemente dessa decisão tomada em nível político, o GSI é um gabinete técnico, ele não deveria necessariamente estar lá. É uma decisão da presidenta, só ela poderia dizer, mas interpreto dessa maneira.
Valor: Como a Abin monitora as manifestações?
Trezza: Temos profissionais colhendo dados por uma série de formas. Saindo à rua, através do que acontece nas redes sociais, pelo sistema [de inteligência], ou informantes. Também recebemos denúncias, até anônimas.
Valor: A Abin criou um grupo para monitorar as redes sociais por causa das manifestações?
Trezza: Que nós tivemos que montar às pressas um grupo para monitorar redes sociais? Não tem nada disso.
Valor: Tem um grupo de monitoramento permanente?
Trezza: Não temos uma área específica na Abin que passa o dia inteiro na frente do computador fazendo isso. Em cada área de inteligência, se o profissional tiver a necessidade de consultar informações nas redes sociais, ele vai lá e faz essa observação, volta e continua seu trabalho.
Valor: E-mails e comunicações privadas são monitoradas?
Trezza: A rede social se tornou hoje um espaço público de divulgação. Se olhar o que está sendo veiculado na rede é monitoramento, digo que nós fazemos. É diferente de entrar no seu e-mail, Facebook, isso nós não fazemos.
Valor: As manifestações continuarão ocorrendo?
Trezza: Pelos dados que temos hoje, continuarão. Mas amanhã, dependendo das medidas adotadas pelo Congresso e pelo Executivo, isso pode não ser mais verdadeiro. Temos previsões de grandes paralisações do início de julho até o dia 10 a 13.
Valor: O pacto anunciado pela presidente ajuda?
Trezza: Quando a presidente recebeu os, em tese, representantes dos movimentos, você percebeu que já no dia seguinte as manifestações não foram tão intensas. Mas o que não cai de intensidade, porque não depende de atender ou não os anseios da sociedade, é aquele grupo que comparece para fazer vandalismo, cometer atos de ilegalidade.
"Pelos dados que temos hoje, as manifestações continuarão. Temos previsões de grandes paralisações até 10 a 13 de julho"

Valor: Há infiltração de grupos criminosos organizados nesses protestos?
Trezza: Existem alguns informes, nos quais o grau de certeza não é absoluto, de que facções também querem se aproveitar desses movimentos para desenvolver suas ações... No Rio, a própria área de segurança e defesa percebe que a criminalidade organizada, milícias, se aproveitaram desses movimentos para desenvolver algumas atividades, atos de vandalismo, saques... Em São Paulo também. Mas se me perguntar se isso se confirmou, não posso garantir. Nosso papel é alertar sobre a possibilidade.
Valor: Qual a estrutura e o orçamento da Abin hoje?
Trezza: O efetivo é uma informação estratégica. O orçamento beira R$ 600 milhões por ano, está publicado no "Diário Oficial da União". Retirando despesas com pessoal, sobram pouco mais de R$ 50 milhões. Se você dividir por 12 meses, 26 superintendências e mais as pessoas no exterior, vê a mágica que temos que fazer.
Valor: A estrutura é insuficiente?
Trezza: Precisaríamos de uma estrutura melhor. Já trabalhei em várias áreas de governo e na iniciativa privada, e todo mundo luta para ter mais efetivo. Agora, o Brasil é o único país no mundo onde o recrutamento para a inteligência é feito por concurso público.
Valor: É um problema?
Trezza: Acho que realizamos o sonho de qualquer serviço de inteligência, o de infiltrar alguém no serviço do outro, mesmo os amigos. Como aqui trabalhamos com concurso público, basta você recrutar alguém aí fora com boa formação acadêmica e pedir que faça o concurso da Abin.
Valor: Então há agentes estrangeiros infiltrados na Abin?
Trezza: Não estou dizendo isso. Temos uma área de contraespionagem. Toda vez que fazemos um concurso público, temos que fazer um acompanhamento, e no nosso edital está prevista uma investigação social antes da pessoa entrar. Já tivemos indícios de tentativa de aproximação de serviços de inteligência de outros países a candidatos ao concurso da Abin, mas identificamos com antecedência e não se concretizou.
Valor: A nomeação de outros funcionários do governo federal passa pela Abin?
Trezza: As nomeações para cargos públicos, a partir do DAS-4, passam por aqui. A Casa Civil submete os nomes e fazemos [a checagem]. Mas ela não é obrigada a mandar.
Valor: Que tipo de investigação é feita, exatamente?

Trezza: Levantamos dados disponíveis sobre a pessoa, como a existência de processos administrativos ou judiciais, além de informações do Sistema Brasileiro de Inteligência.
Valor: Nos Estados Unidos, fazem um "background check" em que entrevistam até vizinhos...
Trezza: Se necessário, podemos fazer entrevistas. Mas a Abin não barra nenhuma nomeação, somente coleta os dados.
Valor: A Abin tem quantas subunidades no país?
Trezza: Já chegamos a ter 12 e hoje estamos com cinco, em municípios considerados estratégicos: Tabatinga (AM), na Amazônia; Foz do Iguaçu (PR), por causa da tríplice fronteira; Campinas (SP), porque é um polo de desenvolvimento de indústria, tecnologia. Temos ainda uma em São Gabriel da Cachoeira (AM), uma região de fronteira; e outra em Marabá (PA), criada na época de grandes problemas com o garimpo. Há preocupações com o tráfico de entorpecentes, de armamentos, a entrada de estrangeiros, desmatamento, garimpo em terra indígena ou em outras áreas, contrabando de pedras...
Valor: E a hidrelétrica de Belo Monte?
Trezza: Todas as obras do PAC são de interesse do Estado brasileiro, e se pudermos contribuir com informações sobre algo que ameace a concretização dessas obras, produzimos relatórios de inteligência.
Valor: Os que protestam contra essas obras são monitorados, como os índios?
Trezza: Nós não fazemos monitoramento de pessoas, a não ser que esteja fazendo algo ilegal. Se eu tiver que dizer que você participou ou está promovendo uma manifestação contra a construção da hidrelétrica de Tapajós, eu vou dizer. Agora, para isso não preciso acompanhar sua vida, monitorar seu telefone, sua internet, fazer alguém se passar por outra pessoa para se aproximar de você. Às vezes, a informação é importante até pra saber com quem se comunicar, quem chamar para um diálogo.
Valor: A Abin tem equipamentos para grampos telefônicos, como o Guardião?
Trezza: Não. Por lei, somos proibidos de fazer interceptação de comunicações e escuta ambiental. Tenho equipamento de varredura, inclusive para a própria defesa.
Valor: Como foi a operação da Abin no porto de Suape, em Pernambuco, que teria identificado que um movimento sindical ligado ao governador Eduardo Campos (PSB) poderia fazer uma greve geral?
Trezza: É uma coisa absolutamente fantasiosa. Quem está te falando é o diretor-geral da Abin e isso não aconteceu.
Valor: Quatro agentes da Abin foram presos?

Trezza: Os quatro agentes nem estiveram no porto no dia 11 de abril. Tanto o GSI quanto a Abin emitiram notas públicas a respeito do fato. Nós temos uma postura e um valor. A atividade de inteligência, por definição, tem que ser apolítica e apartidária. Nós não temos a inteligência do PT, como não tínhamos a do PSDB, nós temos a inteligência de Estado, que está à disposição dos sucessivos governos. Fazemos questão absoluta de não ter envolvimento político.
Valor: Mas esses agentes foram ao porto de Suape alguma vez?
Trezza: Sim, já foram. Mas eles nunca estiveram no porto os quatro de uma só vez.
Valor: O que eles foram fazer?
Trezza: Infraestrutura estratégica é um dos motivos de acompanhamento estratégico da inteligência.

Megaoperação "Joinville Mais Segura" reduz crimes na cidade

Notícias do Dia

Segundo Batalhões, balanço das duas primeiras semanas foi considerado positivo, com quedas nas ocorrências

(Esta imagem é um grifo do Blog Cidade Segura On Line)
Duas semanas depois do início da megaoperação que reúne o efetivo de cinco batalhões da PM (Polícia Militar) – 8º e 17º BPM (Batalhão de Polícia Militar), 2º Batalhão de Aviação da Polícia Militar, Polícias Ambiental e Militar Rodoviária e a equipe do Canil do 14º BPM de Jaraguá – o saldo tem sido positivo, segundo balanço dos comandantes. Eles alegam: a criminalidade recuou e os índices de violência foram sentidos pelas corporações e pela comunidade.

Ladrões tentam arrombar caixa eletrônico na zona Sul de Joinville

Notícias do Dia 
Thaís Moreira de Mira

Caixeiros utilizaram um caminhão pra dificultar a visão de dentro da agência

                                                           (Esta imagem é um grifo do Blog Cidade Segura On Line)

A agência do Itaú localizada na rua Monsenhor Gercino, no bairro Itaum, zona Sul de Joinville, foi alvo de caixeiros na madrugada desta quinta-feira (27). Os bandidos teriam estacionado um caminhão baú em frente ao banco para dificultar a visão do seu interior. Ele colocaram um blackout sobre a porta, picharam as câmeras de segurança com tinta spray e isolaram os sensores de incêndio.

Usando maçarico, eles fizeram um buraco de aproximadamente 20 centímetros em uma das máquinas. Mesmo com todo aparato,  os caixeiros fugiram sem levar nada. A Polícia Militar foi acionada por volta de 3 horas. Nenhum suspeito havia sido detido até o início da manhã. 

Suspeito é baleado no calcanhar durante roubo em mercado na zona Sul de Joinville

Notícias do Dia
Thaís Moreira de Mira

Um dos fregueses do estabelecimento era policial militar de folga. Ele atirou para impedir a fuga dos suspeitos.

Um jovem de 20 anos foi baleado no calcanhar durante o assalto a um mercado da rua Álvaro Dippold, no bairro Adhemar Garcia, zona Sul de Joinville. O crime aconteceu por volta de 19h10 desta quinta-feira (27). Charles Ribeiro e outros dois suspeitos invadiram o estabelecimento armados com facas, renderam a funcionária responsável pelo caixa e depois de roubaram R$ 20 tentaram fugir. O que o grupo não sabia era que um dos fregueses era policial militar de folga. 
O policial estava armado e efetuou dois disparos com objetivo de intimidar a fuga. Um dos tiros atingiu Charles de raspão. Mesmo ferido, o suspeito conseguiu correr até o quintal da casa de um aposentado, na rua Doutor Evandro Petri. Ele acabou detido no local. Charles foi socorrido e encaminhado ao Hospital Municipal São José, de onde recebeu alta ainda no final da noite. O jovem então foi conduzido para a Central de Polícia. 
Os outros dois assaltantes conseguiram escapar. Até o final da manhã de sexta-feira, nenhum suspeito tinha sido identificado. Pouco mais de quatro horas antes um ladrão de 23 anos foi detido pela PM no bairro Espinheiros, após tentar roubar uma panificadora e uma loja de materiais de construção nas ruas Praia Grande e Baltazar Buschle, respectivamente. Diego Tolomeotti entrou primeiro na padaria. Dirigiu-se ao caixa, mas ao verificar que não havia dinheiro fugiu. 
Policiais militares em rondas desconfiaram do suspeito e o seguiram. Diego entrou na loja de materiais de construção da Baltazar Buschle e fazendo menção de estar armado anunciou o assalto. A vítima reagiu e houve luta corporal entre os dois. Logo a PM chegou ao comércio e deteve o assaltante.

Diretor executivo da ACIJ é baleado em assalto no bairro Guanabara, zona Sul de Joinville

Notícias do Dia
Thaís Moreira de Mira

Diogo Haron foi atingido na cabeça. Ele recebeu atendimento médico e ganhou alta ainda na manhã de hoje

 (Esta imagem é grifo do Blog Cidade Segura On Line)
O diretor executivo da ACIJ (Associação Comercial e Industrial) de Joinville, Diogo Haron, 26 anos, foi baleado na cabeça em uma tentativa de assalto ocorrida no final da tarde de quinta-feira (27), na zona Sul da cidade. A casa onde a vítima mora com a família, na rua Leopoldo Correia, bairro Guanabara, foi invadida por dois homens armados por volta de 21h30. Um dos bandidos rendeu a mãe de Diogo, uma mulher de 46 anos. Ele carregava um rolo de fita adesiva e pretendia amarrá-la, porém a senhora começou a berrar com intuito de alertar o filho para chamar a Polícia Militar.
Diogo teria ido até onde sua mãe estava e entrou em luta corporal com um dos assaltantes. O jovem acabou baleado na cabeça. Após o disparo os criminosos fugiram pulando muro de residências vizinhas. A PM foi chamada e socorreu a vítima. Diogo foi posto na viatura e conduzido ao Hospital Municipal São José. Ele teve apenas um ferimento superficial, recebendo alta ainda na manhã de sexta-feira.
Até o momento nenhum suspeito pelo crime foi identificado. Os bandidos usavam capuz e não há informações sobre o veículo em que escaparam. A família de Diogo se recusou a dar entrevista sobre o incidente. Ele passa bem. 

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Polícia Militar celebra os 30 anos da geração pioneira em Santa Catarina

AN

Solenidade em homenagem às mulheres policiais militares é nesta terça, às 15h, no Teatro Pedro Ivo

Tenentes-Coronéis Tércia Ferreira da Cruz e Claudete Lehmkuhl ocupam os mais altos postos na PMSC (Foto: Daniel Conzi / Agenda RBS)
Do interior do Estado para o salão nobre do comando-geral da Polícia Militar de Santa Catarina passaram-se 30 anos. As duas universitárias que deixaram suas famílias para integrar a primeira turma mista do curso de formação de oficiais, hoje são titulares dos dois mais altos postos da corporação ocupados por mulheres.

Claudete Lehmkuhl e Tércia Ferreira da Cruz simbolizam as 589 praças e oficiais do Estado nesta homenagem pelos 30 anos da mulher na Polícia Militar de Santa Catarina, comemorados nesta terça-feira, às 15h, em solenidade no Teatro Pedro Ivo, em Florianópolis.

Elas quebraram paradigmas, enfrentaram preconceitos, lutaram pela unificação dos quadros da PMSC em 1998, conciliaram a maternidade com a carreira, e até hoje equilibram a dupla jornada de trabalho. Sempre com um principal objetivo: ajudar a sociedade.

Oficiais pioneiras na corporação ao lado da tenente-coronel da reserva Maria de Fátima Martins, Claudete e Tércia tem funções de comando. A primeira é chefe do Centro de Comunicação Social com 80 subordinados. A segunda (por ordem alfabética) é sub-chefe da Agência Central de Inteligência e tem 30 pessoas sob seu comando direto.

Depois de galgar os postos de aspirante a oficial, segundo tenente, primeiro tenente, capitão e major, as duas colegas de turma e amigas ostentam na impecável farda, desde 2008, duas estrelas amarelas e uma prata, símbolo da patente de tenente-coronel.

Natural de Santo Amaro da Imperatriz e formada em Ciências Sociais, Claudete largou a faculdade de Física para ingressar na PM. Mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Tércia deixou a faculdade de Administração para entrar na corporação.

Tércia se emociona quando fala da última frase que o pai disse, em junho de 1983, quando a trouxe de carro, de Canoinhas, no Planalto Norte para morar no internato da PM e fazer o curso de três anos.

— Seja feliz se é isso que você quer mesmo —.

Claudete também sofreu certa resistência da família, natural quando se considera os riscos da profissão. 
Comandante-geral deseja parabéns à todas as praças e oficiais 

Durante exercícios de sobrevivência na selva ou no comando de conflitos, Claudete e Tércia nunca perderam a vaidade. As unhas estão sempre pintadas e mesmo quando se arrastavam na mata usavam batom. Para elas, é importante como contraponto da farda, meio masculinizada.

O preconceito que sofreram foi combatido com persistência.

— Para ganhar a tropa, a mulher tem que provar sua competência — observa Claudete.

Tércia concorda e diz que ela é quem mais se cobra, tanto que pedia ao marido para levar os filhos ao médico quando crianças.

— Como oficial, tinha que dar o exemplo — conta Tércia.

As duas são casadas e tem dois filhos cada. A gravidez foi planejada para não atrapalhar a carreira.

Sobre as diferentes aptidões, Claudete acredita que a mulher tem mais intuição e o homem mais força física. Tércia acha o homem mais pragmático e a mulher mais exigente, mesmo entre militares.

As duas sonham chegar a coronel. Perguntado se tem algum palpite sobre quando as pioneiras ganharão as três estrelas amarelas, o comandante-geral da PMSC, coronel Nazareno Marcineiro disse que não sabe porque depende de muitos fatores.

— Mas quando forem coronel certamente elas são aptas a ocupar a cadeira de comandante-geral — afirmou Nazareno Marcineiro.

O coronel acha o ingresso da mulher na corporação de extrema relevância e importância.

— É um marco divisório. Com o trabalho delas provaram que na verdade a mulher não é frágil. Tem potencial muito grande e uma forma peculiar que torna tudo mais humanizado. Desejo parabéns à todas as praças e oficiais pelos 30 anos da mulher na Polícia Militar de Santa Catarina — observou o comandante da corporação.

Mulher na Polícia Militar de Santa Catarina

Em 1953, o primeiro Congresso Brasileiro de Medicina Legal e Criminologia, realizado em São Paulo, aprovou por unanimidade a criação da primeira Corporação Feminina Uniformizada do país, dando origem a efetivação da mulher na carreira policial militar.

Em SC, foi criado pela Lei nº6.209 de 10 de Fevereiro de 1983 o Pelotão de Polícia Militar Feminina para atuar no trato com menores, abandonados e mulheres envolvidas com delitos penais.

No mesmo ano começaram os primeiros cursos de formação de sargentos femininos com 31 alunas e o de oficiais com cinco alunas.

Por meio da Lei nº 7.676, de 14 de julho de 1989, foi criada a Companhia de Polícia Militar Feminina, extinta em 1998 quando os quadros se unificaram e as mulheres passaram a concorrer com os homens nos mesmos postos e graduações.

Jovem de 19 anos é esfaqueado no bairro Fátima, zona Sul de Joinville

Notícias do Dia
Thaís Moreira de Mira

O rapaz foi levado pelos familiares ao Pronto Atendimento do João Costa

Um jovem de 19 anos foi esfaqueado no início da noite desta terça-feira (25), no bairro Fátima, zona Sul de Joinville. Lucas dos Santos da Silva conversava com os amigos na rua Passo Fundo quando um homem conhecido apenas por “Mendigo” abordou o grupo, por volta de 19 horas. Conforme testemunhas, o suspeito disse que estava com vontade de esfaquear alguém e em seguida desferiu o golpe contra Lucas.
O rapaz foi levado pelos familiares ao Pronto Atendimento do João Costa. O estado de saúde dele era estável, não havia risco de morte.Lucas permanece internado no setor de emergências do Hospital Municipla São José. A Polícia Militar já identificou o autor da tentativa de homicídio, porém até o momento ele não foi detido. 

Acidente na Serra Dona Francisca deixa três feridos em Joinville

AN

Caminhonete atingiu um Polo quando descia a SC-418

Caminhonete chegou a cair numa ribanceira. 
Foto: Salmo Duarte (Agência RBS)
Três homens ficaram gravemente feridos em um acidente na manhã desta quarta-feira, na SC-418 (antiga SC-301), em Joinville. Eles estavam em um Polo e foram atingidos por uma caminhonete que descia a Serra Dona Francisca. A batida aconteceu no alto da serra, próximo ao Hotel Fazenda Dona Francisca.


Segundo informações da Polícia Rodoviária Estadual, a vítima mais grave foi Diego Henrique de Oliveira Pereira, 19 anos. Ele estava no banco do carona do Polo e perdeu a consciência após o impacto. O helicóptero Águia da Polícia Militar fez o transporte de Diego para um hospital em Joinville.

O motorista do Polo, Diogo Carlos Linzmeyer, 20 anos, e um segundo passageiro, identificado apenas como Jonathan, foram levados em ambulâncias para hospitais do Planalto Norte. Um médico que seguia viagem parou ao perceber o acidente e também auxiliou no socorro.

A caminhonete chegou a cair numa ribanceira, mas ninguém no veículo se feriu.

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