terça-feira, 27 de agosto de 2013

I Heróis de Verdade I Polícia Militar de Joinville orienta comunidade para aumentar segurança

AN

Cursos e palestras fazem parte de projeto de prevenção ao crime

Vira-lata Caju faz exercícios e conquista a atenção em escola 
 Foto: Diorgenes Pandini / Agencia RBS

Ao escrever este texto, ficou impossível não imaginar manchetes para o jornal “A Notícia” nos anos 2020 ou 2030. “Número de assaltos a comércios no Centro de Joinville diminui 50%” ou “Despenca o número de arrombamentos em casas”. Já imaginaram que coisa boa seria?


Com a expectativa de que essas reportagens se tornem realidade e com base em fatos, dados e orientações, o 8º Batalhão da Polícia Militar criou o Grupo de Atividades Preventivas e de Conscientização (GAPC) em Joinville.

O trabalho ainda é de formiguinha, mas tem a ambição de transformar a cidade em um local mais seguro. Um grupo de oito policiais faz palestras e conversa com moradores com o objetivo de se aproximar da comunidade e dar sugestões sobre o que se deve ou não fazer para evitar a ocorrência de crimes.

A ação foi criada, principalmente, para atender aos comerciantes. Onde instalar as câmeras de vigilância? Em que posição o caixa deve ficar na loja? Quais os cuidados de segurança que devo tomar no bairro em que moro? São dúvidas frequentes e que, a partir de agora, terão o apoio e a consultoria da Polícia Militar.

— Com base nas estatísticas da PM feitas a partir dos números de cada ocorrência nos bairros, podemos interligar as informações e chegar a um consenso do que é melhor para cada região — afirma o subtenente Luiz Rogério Leal, coordenador do novo grupo da PM.

Em resumo, funcionaria desta forma: ao analisar as estatísticas e checar o principal tipo de ocorrência de cada região, o grupo irá orientar os moradores sobre os pontos que merecem mais atenção. Por exemplo, no Centro o problema são os arrombamentos de lojas: câmeras de vigilância, cadeados e alarmes são opções.

Os policiais vão orientar sobre os cuidados e como agir nessas ocorrências. Se no América for registrado um número maior de roubo de carros, é na prevenção desse tipo de crime que os moradores deverão investir. Com esses primeiros passos, a expectativa é de que as ações criminosas diminuam, em médio e longo prazos.

Parcerias com instituições

O grupo existe há cerca de um mês e atende a associações de moradores e grupo de comerciantes. Os policiais também fazem palestras em escolas para crianças e adolescentes. No futuro, vai visitar faculdades.

— Segurança pública não é só assunto de polícia. Tudo passa pela educação — ressalta o subtenente Luiz Rogério.

Com a equipe estruturada, a intenção agora é buscar o apoio de instituições e até parcerias. A ideia é levar, além de orientações da PM para combater a criminalidade, dicas de saúde, de primeiros socorros, segurança e educação no trânsito e palestras sobre a reintegração dos presos à sociedade.

— Poderíamos indicar até vagas de emprego. Estamos buscando todos os tipos de parcerias — diz o coordenador do GAPC.

Sem superpoderes, mas com boas dicas

A presença da Polícia Militar na Escola Adventista, em Joinville, foi esperada com ansiedade pelas crianças entre cinco e sete anos, com quem os policiais do GAPC iriam conversar. Os pequenos estão trabalhando o Projeto Heróis de Verdade, que são aqueles personagens da vida real que não precisam de capas e nem de superpoderes para ajudar o próximo. Neste tema se encaixam os policiais, os bombeiros e os socorristas, como lembrou a diretora Odete Garcia Pasold.

Bem diferente do público de adultos preocupados com ocorrências como assaltos, roubos e até mortes, na escola, os policiais responderam a perguntas como “para que serve o giroflex?” ; “criança pode ligar para o 190?” ; e “quantos carros a polícia tem?”. Embora a turminha seja bem nova, a PM acredita que o trabalho tem resultado.

— É nesta fase que eles entendem melhor as informações — ressalta o subtenente Luiz Rogério Leal.

O subtenente explicou que, em uma situação de emergência, se for uma briga em casa, na rua, na escola, ou se a criança vir um roubo, ela deve, sim, ligar para a polícia. Mas enfatizou que os trotes podem atrapalhar a atuação da polícia e dos bombeiros.

Depois de dicas no trânsito (sempre orientar os pais a usar cinto de segurança) e a orientação de não aceitar nada de estranhos, veio a parte mais divertida para a criançada. Caju, a vira-lata que ajuda a polícia nas palestras do Proerd, participou do encontro. A garotada ficou maravilhada. A presença de Caju não tinha só o objetivo de divertir os alunos. Cuidados e respeito com os animais foram enfatizados. A mascote Caju foi encontrada na rua e tratada pelo policial Rolf Wolfgang Hendel.

Após a teoria, veio a hora de colocar as lições em prática. Com o apoio e olhos bem abertos dos professores e da polícia, os alunos foram para a rua. Na faixa de segurança, os cuidados são olhar para todos os lados e levantar o braço direito para alertar o motorista na hora da travessia.

— O mais interessante de tudo é que as crianças irão levar todas as informações para casa. Tenho certeza disso. Será um ciclo de aprendizado — comemora a diretora.

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