domingo, 5 de maio de 2013

Mulher que envenenou quatro e tentou matar o marido presta depoimento em Joinville

Notícias do Dia
por Cláudio Costa

A portas fechadas, ela reencon­trou, pela primeira vez, o agora ex-marido Nercival Cenedezi

                                                                                                 Luciano Moraes/ND
Um ano e meio depois de ser capturada, Margarete Marcondes volta a Joinville para audiência

Abatida, chorando muito e de­clarando arrependimento. Foi com este semblante que a doceira acu­sada de tentar matar o marido a golpes de pau de macarrão, na casa onde moravam, no bairro Floresta, em Joinville, e ainda envenenar quatro adolescentes em Curitiba, em março do ano passado, chegou ao Fórum de Joinville na tarde des­ta sexta-feira (3), para a primeira audiência do processo criminal que responde em Joinville. Margare­te Aparecida Marcondes, 46 anos, não quis falar com a imprensa. Ela também não depôs, apenas acom­panhou parte da audiência.
A portas fechadas, na 1ª Vara Criminal de Joinville, ela reencon­trou, pela primeira vez, o agora ex-marido Nercival Cenedezi, 49 anos, que também prestou depoi­mento. O encontro foi pedido pela própria vítima. Em uma conversa rápida, marcada pelo choro da ré, Margarete teria dito a Nercival que não foi ela quem o agrediu. Ele aproveitou para revidar e, con­forme testemunha que estavam na audiência, “falar algumas coi­sas que estavam entaladas em sua garganta desde que se recuperou”.
Ao final da sessão, Nercival contou à imprensa que não é capaz de perdoar o que a ex-companhei­ra fez com ele. “Lembro de pouca coisa daquele dia, mas sei que ela tentou me matar a todo custo. Não dá para perdoar uma pessoa assim, com quem convivi por 12 anos. Vou fazer de tudo para que ela pague pelos crimes que come­teu”, resumiu.
Desde o fim do ano passado, Nercival tenta recomeçar a vida. Após passar meses se recuperan­do em Curitiba, em novembro ele voltou a Joinville para reassumir a função de chefe de uma oficina. “Além dos 12 anos que vivemos juntos, perdi muito tempo me re­cuperando das lesões que ela me causou (oito meses). Agora, tô ten­tando recomeçar minha vida”, dis­se. Nercival ainda precisa conviver com sequelas, como o comprome­timento parcial da audição.
Além da tentativa de homicídio contra o marido, Margarete é acu­sada de ter enviado uma caixa de brigadeiros com o veneno chum­binho para a adolescente Talita, amiga da família, que estava pres­tes a completar 15 anos. A acusada havia sido contratada para pre­parar os doces da festa, mas teria gastado os R$ 7.000 que recebeu como adiantamento e precisava de tempo para conseguir entregar a encomenda. Ela enviou os doces para a vítima, na esperança de que com isto a festa fosse adiada. Além de Talita, três colegas da menina comeram os doces e foram parar no hospital. Todos sobreviveram.

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