segunda-feira, 20 de maio de 2013

Das 191 faixas de segurança no Centro de Joinville, 60,73% estão em mau estado

AN por Camila Guerra

Reportagem de A Notícia percorreu todas as ruas e classificou as faixas de pedestres em visíveis, parcialmente visíveis e invisíveis

Faixa na esquina da Nove de Março com a rua ItajaíFoto: Leo Munhoz / Agencia RBS
As faixas de pedestres servem para garantir uma travessia segura às pessoas que costumam percorrer trajetos a pé no dia a dia. Porém, se já não é fácil atravessá-las quando estão visíveis aos motoristas, a missão se torna ainda mais difícil quando estão apenas parcialmente visíveis ou, até mesmo, imperceptíveis. 


Esse é o caso do Centro de Joinville, em que 60,73% das faixas de segurança foram consideradas invisíveis ou parcialmente visíveis em um levantamento feito pelo "A Notícia".

Com base na delimitação do Centro da cidade, segundo o Ippuj, a reportagem do "AN" percorreu todas as ruas e classificou as faixas de pedestres em visíveis, parcialmente visíveis e invisíveis.

Das 191 faixas de segurança consideradas, 39,26% foram classificadas como visíveis. Esse é o caso, por exemplo, da faixa situada na rua Princesa Izabel, em frente ao Ielusc, que está devidamente pintada e sem falhas. O que possibilita a visibilidade dos motoristas de longas distâncias, à noite e em dias de chuva.

O mesmo não ocorre com 34,55% das faixas na região central, que podem ser representadas pela faixa de pedestre situada na esquina entre a rua Jacob Richlin e a rua do Príncipe, já que metade da travessia está apagada. Oferecendo riscos aos pedestres que não contam com sinaleira no local, como, por exemplo, o soldador Lucimar Agostinho Atanazio, 39 anos, que se arriscava ao atravessar a faixa. 

— Tem que olhar muito, porque tem muito motorista que não está nem aí para a faixa, ainda mais estando apagada desse jeito —, reclamou. 

O soldador, que costuma passar pelo local de carro, fez outro alerta. 

— Tem vezes que a gente leva um susto no volante porque, quando você vê, a pessoa já está no meio da faixa, isso quando dá para ver a faixa —, disse.

Outro exemplo de faixa de segurança apagada é a travessia na esquina entre as ruas do Príncipe e Jerônimo Coelho, onde também não há sinaleira. 

— Tem que contar com a boa vontade dos motoristas. Mas da medo, porque como a faixa está apagada, não é sempre que eles respeitam —, queixou-se o casal João Bruder, 69 anos, e Roseli Hardt, 62 anos, que andavam pelo centro da cidade na tarde da última sexta-feira.

As demais faixas de segurança - 26,17% - foram consideradas parcialmente visíveis, como a travessia entre as ruas Nove de Março e Itajaí. 

Contraponto

Conforme o gerente de trânsito do Ittran, Samuel Luiz Bernardes Gomes, a manutenção não é feita em todas as faixas ao mesmo tempo, por isso umas estão melhores do que as outras. Ele prevê que em dois meses as travessias do centro passem por manutenção. 

— Acredito que em 60 dias a gente vai estar bastante adiantado —, disse. 

Atualmente, a pintura das faixas está sendo concentrada nas ruas que têm escolas, já que, segundo o gerente de trânsito, no centro a maioria dos cruzamentos contam com semáforos, o que ameniza o problema. 

Samuel explica que as faixas situadas em cruzamentos são as mais deterioradas, devido ao contato do pneu com o asfalto durante as freadas, por isso essas travessias precisam ser pintadas a cada três meses. Diferente das faixas situadas em ruas com baixo tráfego de veículos, que podem durar até um ano e meio visíveis. 

Delimitação do Centro (fonte Ippuj)

Compreende desde o final leste da rua Max Colin - junto ao rio Cachoeira -, segue o curso do rio, passa pela rua Cachoeira e, em seguida, pelas ruas Ricardo Stamm Gomes, Coronel Procópio Gomes, Ministro Calógeras, Duque de Caxias, Visconde de Taunay, Henrique Meyer, Blumenau e a rua Max Colin, até o ponto inicial. 

Situação das faixas de segurança: 

Classificadas - 191 
Visível - 75 / 39,26% 
Parcialmente visível - 50 / 26,17%
Invisível - 66 / 34,55%
(Parcialmente visível e invisível)- 116 / 60,73% 

Critérios utilizados pela reportagem do "AN": 
Visível - devidamente pintada, levemente desbotada e apenas com algumas falhas, que não impedem a visibilidade; 
Parcialmente visível - desbotada ou com muitas falhas, que comprometem a visibilidade dos motoristas de longas e médias distâncias; 
Invisível - a maior parte da faixa apagada, metade da faixa apagada, as faixas apagadas no meio e muito desbotadas, que comprometem totalmente a visibilidade dos motoristas;

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