segunda-feira, 6 de maio de 2013

'Fizeram um corredor humano', diz comerciante sobre assalto no RS

G1

Proprietária de uma relojoaria testemunhou assalto a banco em Sarandi. 
Quadrilha fez policiais militares e moradores reféns; dois já foram presos.
Moradores foram usados como escudo humano pela quadrilha (Foto: André Luiz Ferronato/Arquivo Pessoal)
Proprietária de uma relojoaria e ótica localizada ao lado da agência bancária assaltada, a comerciante Ioli Dal Santo testemunhou os momentos de tensão vividos pelos moradores de Sarandi nesta segunda-feira (6). A ação de uma quadrilha de assaltantes de banco levou terror ao município de pouco mais de 30 mil habitantes no Norte do Rio Grande do Sul

Segundo a Brigada Militar, a ação dos criminosos no município começou por volta das 11h30. A quadrilha, suspeita de assaltar uma agência do Banrisul em Constantinahoras antes, chegou às imediações do Banco do Brasil já atirando, disseram testemunhas. Dois policiais militares que estavam no local foram feitos reféns pelo grupo.
“Quando nós vimos, os bandidos estavam abordando os policiais e mandando tirar o colete à prova de balas. Outras pessoas que estavam por ali foram feitas reféns. Fizeram um corredor humano para entrar no banco” relata a comerciante.
Ioli conta que os criminosos usaram uma van para bloquear a rua lateral de acesso ao banco. Os PMs e outros reféns foram levados para dentro de agência, enquanto um homem, com touca ninja a armamento pesado, ficou patrulhando a rua. Minutos após fechar a porta da relojoaria e se esconder com outros funcionários em uma sala, ela ouviu tiros. A essa altura, praticamente todo o comércio na Avenida Expedicionário estava fechado.
“Ficamos todos em uma sala atrás do balcão, sem saber se tudo já tinha acabado. Eu ouvi só um tiro. Mas outras pessoas disseram que foram um monte de tiros”, relata Ioli.


Polícia apreendeu armamento pesado e recuperou

dinheiro roubado (Foto: Fábio Lehmen/RBS TV)
Segundo informações repassadas pela Brigada Militar e Polícia Civil, após pegar o dinheiro no banco, a quadrilha fugiu em um Nissan Tiida, levando os PMS como reféns. Durante a fuga, eles foram interceptados por uma guarnição do Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Passo Fundo, que se deslocava para atender a ocorrência em Constantina. Houve perseguição e troca de tiros.
O carro usado pela quadrilha bateu em outro no bairro Santa Catarina, a pouco mais de 300 metros da agência bancária. Um policial ficou ferido no acidente, mas foi encaminhado ao Hospital Comunitário e não corre risco, segundo o delegado Edson Cezimbra. Pelo menos dois suspeitos fugiran a pé do local do acidente e se esconderam em matagal próximo, diz a polícia.
Outros dois homens abordaram um carro que passaram pelo local e continuaram a fuga. Eles trocaram de veículo em um posto de gasolina e se refugiaram na empresa Samaq, onde fizeram o proprietário e dois filhos dele reféns. Cercados pela Brigada Militar e Polícia Civil, os dois criminosos exigiram a presença da imprensa e de representantes do Ministério Público, antes de se entregarem por volta das 13h. A polícia faz buscas na região pelos outros suspeitos.
O primeiro ataque a bancos na região ocorreu em Constantina, a cerca de 35 quilômetros de distância de Sarandi. De acordo com a polícia, a ação começou com a invasão da casa do gerente de uma agência do Banrisul ainda na noite de domingo (5). Ele e a mulher foram mantidos reféns por pelo menos quatro homens até a manhã desta segunda, quando ocorreu o assalto. Funcionários foram rendidos, e o dinheiro do cofre, levado. Pelo armamento usado nos assaltos, a Polícia Civil acredita que trata-se da mesma quadrilha.

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