Cláudio Fernandes
Encontro com entidades e líderes comunitários será na Secretaria de Desenvolvimento Regional, às 13h
Um dos pedidos que serão entregues é por mais vagas na Penitenciária Industrial de Joinville
Dois representantes do governo Raimundo Colombo devem vir à Joinville hoje para debater e receber uma pauta com reivindicações para melhorias na segurança pública da cidade mais populosa do Estado. Ada de Luca, secretária da Justiça e Cidadania, e César Grubba, secretário da Segurança Pública, se reúnem com vereadores, representantes de entidades e líderes comunitários a partir das 13h, na SDR (Secretaria de Desenvolvimento Regional).
Na pauta de reivindicações a ser entregue e debatida nesta segunda-feira estão melhorias no sistema prisional – assunto que vem sendo abordado pelo juiz de execuções penais de Joinville, João Marcos Buch, há mais de um ano – além do aumento do efetivo da Polícia Civil e de equipamentos para a Polícia Militar. “Há tempos a sociedade joinvilense vem pedido por melhorias na segurança pública. Espero que com a vida dos secretários, eles possam ver e sentir nossa realidade e trazer melhorias à comunidade”, pontua Buch.
Ele destaca que deve encaminhar aos secretários pedidos para reformas em várias áreas do Presídio Regional de Joinville, construção do ambulatório – que ainda não saiu do papel – e ampliação do sistema prisional. “A sociedade compreendeu que quanto melhor a estrutura do complexo prisional, maior é a chance de a pessoa siar de lá e não reincidir. Isso nos trás a segurança que todos desejam”, avalia o magistrado.
Para Buch, a melhoria nos recursos humanos, ou seja, a contratação de mais agentes penitenciários e de uma equipe multidisciplinar com psicólogos e assistentes sociais para atender as necessidades de cada preso, é fundamental. “Também vamos solicitar a implantação de um escâner para otimizar o sistema de revistas nas visitas e ampliar a segurança”, completa.
Com relação à PIJ (Penitenciária Industrial de Joinville), Buch ressalta a importância de ampliar o número de vagas. “Nossa necessidade é aumentar entre 100 e 150 vagas a mais do que as 100 que já estão em processo de criação. Com estas novas vagas, os presos condenados que cumprem pena no Presídio, poderão ser readequados na PIJ, que tem uma estrutura ideal para a reinserção social”, comenta.
Mais efetivos para a Civil e Militar
Além do sistema prisional, o reforço no efetivo e na estrutura das polícias Civil e Militar de Joinville deve estar na lista de reinvindicações a serem entregues aos secretários. Segundo o presidente da Câmara de Vereadores, João Carlos Gonçalves, Joinville clama por mais recursos nesta área, que é de extrema importância para os cidadãos. “Precisamos de mais policiais, mais viaturas e de mais atenção do governo estadual para a nossa cidade. Estamos unidos para que as melhorias possam acontecer o mais breve possível”, explica João Carlos.
A falta de efetivo e estrutura pode ter sido um dos fatores para o aumento da onda de violência que mobilizou empresários entre o fim de maio e o início deste mês. “Vamos levar aos secretários os constantes assaltos que vêm sendo registrados no Centro e nos bairros. Isso é um fato que nos preocupa muito. Precisamos de mais policias para fazer o trabalho ostensivo e de investigação”, cita o presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Joinville, Carlos Grendene. “Há anos o quatro de efetivo das polícias de Joinville não aumenta. Isso precisa ser revisto”, completa.
Para a entidade, também é preciso criar uma delegacia de Polícia Civil no Centro da cidade e rever a situação prisional. “Quando as pessoas são presas, elas precisam efetivamente ficar presas, cumprirem e pagarem pelos atos que cometeram”, finaliza Grendene.
A Acij (Associação Empresarial de Joinville), Acomac (Associação dos Comerciantes de Material de Construção), Ajorpeme (Associação de Joinville e Região da Pequena, Micro e Média Empresa e Empreendedor Individual) também devem participar da reunião.
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