segunda-feira, 22 de abril de 2013

'Uso ecstasy há dois anos e ninguém sabe', diz jovem em balada de Araquari

AN
Garoto conta que já experimentou de tudo nas baladas da região
Na rave que ocorreu na madrugada de domingo, em Araquari, pelo menos quatro tipos de drogas eram vendidos, comprados e consumidos facilmenteFoto: Maiara Bersch / Agencia RBS
Na reportagem do “A Notícia” que flagrou o tráfico de drogas sintéticas dentro de baladas de Joinville e Araquari no fim de semana, alguns jovens deram o o testemunho de que consomem o produto ilícito sem a menor dificuldade.


Na festa rave em Araquari, um jovem de 18 anos contou que já experimentou de tudo, menos o “pó” (cocaína), apesar de ter amigos que consomem a droga. Os pais não sabiam que ele estava na rave nem que é usuário de droga. 

— Eu uso ecstasy há dois anos, mas ninguém sabe —, revelou. 

O jovem gosta das companhias, apesar da pouca interação durante a festa, e acredita estar protegido por elas. 

— Aqui só tem gente boa. Se eu passar mal, por exemplo, sei que eles vão me ajudar.

Quando perguntado se é viciado em ecstasy, ele não soube responder. Mas afirmou que tem aumentado o consumo e, depois de ficar devendo aos traficantes, pretende diminuir. 

— No começo, uma ‘bala’ era o suficiente para ficar legal a noite inteira. Mas já cheguei a tomar cinco numa noite e dez num fim de semana. Agora eu tomo, no máximo, três —, revelou.

O garoto falou, ainda, das facilidades em comprar ecstasy, LSD, cocaína e maconha na festa. 

— É muito fácil de comprar, conheço várias pessoas que vendem. Só não tem lança-perfume —, disse.


Fiscalização fica por conta da organização

De acordo com a sócia-proprietária da Soul Club, Francine Olsen, a festa deste fim de semana não foi organizada pela casa. O espaço foi alugado para a realização do evento da última sexta-feira. No contrato de locação, a casa especifica que é proibida a venda e o consumo de drogas. Porém, a fiscalização fica por conta da organização.

O organizador do evento, Renato Trevisoli, informou que os seguranças foram orientados a coibir o tráfico de drogas na festa. Inclusive, dois seguranças estariam trabalhando à paisana para intensificar a fiscalização. Porém, nenhuma situação foi flagrada pelos profissionais. 

— Não é vantagem nenhuma ter esse tipo de coisa na casa. Todo mundo está bem consciente tentando fazer o possível para erradicar o problema, mas é difícil de pegar. Fiscalizar é uma responsabilidade de todos e eu acredito que eles tentaram e fizeram um bom trabalho naquela noite —, avaliou.

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