segunda-feira, 29 de abril de 2013

Agentes prisionais ameançam entrar em greve em Santa Catarina

Notícias do Dia

Categoria aguarda contraproposta do Governo para pedido de reajuste salarial

                                                                             Mauro Arthur Schiliek/Arquivo ND
                                Agentes fizeram uma série de paralisações no presídio de Joinville

Agentes prisionais de Santa Catarina cogitam entrar em greve caso a contraproposta do Governo às reivindicações da categoria, que deve ser apresentada ainda nesta segunda-feira (29), não seja aprovada em assembleia. Os agentes pedem reajuste salarial de 20% e aumento da gratificação de risco de 30% para 100%. Há duas semanas, funcionários lotados no Presídio Regional de Joinville e nas UPAs (Unidades Prisionais Avançadas) de Barra Velha e São Francisco do Sul estão paralisados e já suspenderam parte das atividades. Entre elas o recebimento de novos detentos, escolta de presos para audiência no Fórum, além de não permitirem a entrada de advogados e oficiais de justiça nas unidades, exceto aqueles responsáveis pela entrega de alvará de soltura.

“Foi aberta a negociação com o Governo dia 25. Estamos aguardando a contraproposta desde o dia 26, mas até agora não recebemos nenhum resposta. A tendência é piorar, tem agentes mais radicais que já queriam ter entrado em greve”, explica o agente Ferdinando Gregório, representante do Sintesp SC (Sindicato dos Servidores públicos de Santa Catarina) em Joinville. Na sexta-feira passada, funcionários do Presídio Regional de Jaraguá do Sul, Araranguá e Criciúma também aderiram a paralisação.
Caso a categoria opte pela greve, o plantão de 15 agentes que ainda é mantido no Presídio de Joinville, por exemplo, será suspenso. Os detentos também perderam o direito às duas horas de banho de sol e visitas. “Neste momento estamos priorizando a segurança. Nosso objetivo não é atingir a população, é atingir o Governo. A população não tem culpa que a gente ganha pouco, o Governo sim”.
Presos encaminhados à Penitenciária Indutrial de Joinville
Em Joinville, os presos encaminhados à Central de Polícia continuam a serem transferidos para a Penitenciária Industrial de Joinville. A unidade prisional é terceirizada e, por isso, os agentes não aderiram à paralisação da categoria. Apenas entre a última quinta e sexta-feira, 14 novos detentos foram enviados para o local. Na manhã desta segunda, foram seis. A PIJ já abriga mais do que sua capacidade de 522 internos, 366 no regime fechado e o restante no semi-aberto.
Já em São Francisco do Sul, cinco presos permanecem na cela da delegacia. Na noite de sexta-feira, agentes da UPA aceitaram receber apenas três detentos. A transferência foi feita no sábado. A situação é diferente em Barra Velha, onde os manifestantes acataram ordem judicial e voltaram a receber presos  levados pela Polícia Civil. 

                                                                                          Thaís Moreira de Mira

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