segunda-feira, 29 de julho de 2013

Policiais civis de Joinville decidem aderir à greve estadual

Notícias do Dia
por Windson Prado

Categoria reivindica melhores salários e condições de trabalho

                                                                                                      Fábio Porto / ND
Policiais civis de Joinville se reuniram no sábado à tarde para 
decidir uma posição sobre o movimento, e decidiram aderir à greve
Agentes da Polícia Civil de todas as regionais de Santa Catarina votaram a favor da greve em assembleias realizadas no sábado (27). A paralisação será confirmada nesta segunda-feira, depois de negociação entre o governo e o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Santa Catarina). A reunião estava marcada para as 19h, mas foi adiantada para as 10h, no Centro Administrativo do Governo, em Florianópolis. Caso não haja acordo, será decretada paralisação por tempo indeterminado.

As principais reivindicações da categoria são reajuste salarial, aumento no efetivo e solução de problemas estruturais nas delegacias e corporações. A paralisação foi anunciada na terça-feira passada (23), durante uma manifestação em Lages, depois que o sindicato rejeitou a proposta salarial oferecida pelo governo que aumentaria o salário dos agentes para R$ 5,3 mil em 2016. O governo ofereceu um reajuste escalonado de 60%: 20% em agosto de 2014, mais 20% em agosto de 2015 e mais 20% no final do ano a ser pago na folha de janeiro de 2016.

A categoria descartou a proposta. O presidente do Sinpol, Anderson Vieira Amorim, prefere não anunciar valores para não prejudicar as negociações. “Estamos tendo êxito junto à Secretaria da Fazenda e Administração, e vemos um panorama positivo. Por isso pedimos aos sócios que esperassem até segunda”, comentou após a assembleia.

A proposta é que o cálculo seja baseado na proporcionalidade. Nesse modelo, os vencimentos dos policiais seriam equivalentes a 1/3 do recebido pelos delegados. Os agentes também pretendem garantir as gratificações na aposentadoria. “Estava acordado que em janeiro seria pago a nossa data base, mas até agora não recebemos nada”, questiona Cláudio de Souza Medeiros, representante do Sinpol.

Mobilização na região Norte
No sábado à tarde, dezenas de policiais da região de Joinville se reuniram no bairro Fátima para deliberar como será a mobilização na região Norte. A categoria promete restringir o atendimento apenas a casos de emergência – como flagrantes e crimes graves, como homicídio, latrocínio, roubo de veículos e estupro. Atividades como a emissão da carteira nacional de habilitação e carteira de identidade também serão suspensas, assim como a fiscalização de locais de jogos e de diversão.

“Os demais serviços, como registro de boletim de ocorrência e cumprimento de mandado de busca e apreensão, serão comprometidos durante a greve”, explica o agente Cláudio de Souza Medeiros, representante do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Santa Catarina). Ele informa que os servidores cumprirão os plantões nas delegacias, orientando a comunidade a respeito das reivindicações da categoria.

Segundo o Sinpol, desde 2007 a corporação perdeu quase 1.000 policiais – o que deixa o efetivo com número semelhante ao de 30 anos atrás. Na região de Joinville, segundo Medeiros, há 173 policiais para atender as 10 delegacias de Joinville, mais os serviços da DIC (Divisão de Investigação Criminais) e ainda as delegacias de Araquari, Barra Velha, Garuva, Itapoá e São Francisco do Sul. “Nosso efetivo é pequeno. Os policiais estão trabalhando sobrecarregados e não conseguem dar conta da demanda. 
O governo não faz nada para melhorar esta situação”, reclamou. 

Conforme o sindicato, a Polícia Civil Catarinense trabalha com metade do efetivo considerado ideal. “A categoria vai decretar a maior greve já vista em Santa Catarina”, afirma Anderson Amorim, presidente do Sinpol.

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