terça-feira, 3 de setembro de 2013

[COVARDIA] - Família lesada por Marcos Queiroz tenta reaver casa em Joinville

Notícias do Dia
Windson Prado

Rubens Kremke e os quatro irmãos trocaram imóvel da família, no bairro Vila Nova, pela promessa de receber cinco apartamentos

Rubens Kremke trouxe os filhos de volta para morar na casa que foi negociada com o empresário Marcos Antônio de Queiroz (Foto: Carlos Júnior / ND)
Rubens Kremke, pedreiro, 37 anos, casado e pai de cinco filhos, com idades entre três e 15 anos. Ele é uma das mais de 600 pessoas que fora prejudicadas em Joinville pelos negócios do empresário Marcos Antonio de Queiroz – que foi preso por suspeita de estelionato. Iludido, com a promessa de transformar a casa onde seus pais viveram por quase quatro décadas em um condomínio residencial – no qual ele e seus quatro irmãos ganhariam cinco apartamentos em troca do terreno – agora Rubens tenta reverter os prejuízos e, principalmente, dar um teto para seus filhos.

Mês passado, ele foi despejado da casa onde vivia de aluguel – que deveria ser  pago por Queiroz até que o empreendimento fosse concluído – e não teve outra alternativa a não ser voltar para a casa que um dia foi de seus pais, e está bloqueada pela Justiça. “Há 15 dias viemos para cá. Por sorte a casa não foi demolida. Tudo foi roubado, até a fiação, mas a construção estava de pé”, comenta Rubens acrescentando que por quatro vezes a equipe que trabalhava para Queiroz foi ao local com retroescavadeira fazer a demolição, mas chuvas frustraram o trabalho.

Rubens diz que conheceu Queiroz nas tendas que o empresário montava em calçadas para vender apartamentos. “Meu irmão conheceu o Queiroz em uma das barraquinhas. Após alguma conversa, ele ofereceu trocar a minha casa – que meus pais construíram ao longo da vida – por cinco apartamentos. Me pareceu um negócio seguro, e então passei o imóvel para Queiroz, tudo com contrato. Ele pagava meu aluguel, mas quando o golpe estourou, não houve mais pagamento, casa ou contrato. Fui despejado e a única maneira foi voltar para a casa que era nossa”, diz Rubens.

Rubens agora trava na Justiça o direito de cancelamento do contrato e tenta recuperar o imóvel. “Tem sido tempos difíceis. Uma imagem não sai da minha cabeça. Quando eu e meus irmãos fomos assinar os contratos com Queiroz. Ele batia no peito e dizia: ‘Eu não rasgo dinheiro’. Eu tenho tanta raiva que só de lembrar dele fico todo arrepiado, ouriçado”, comentou, indignado.

Uma associação das vítimas do empreendimento negociado por Queiroz foi criada. Segundo advogada que representa Rubens, Natália Ionck, eles tentam na Justiça a rescisão do contrato. “A família que trocou o imóvel pelos apartamentos cogita a possibilidade de manter a parceria, caso o prédio volte a ser construído, por uma outra empresa”, declarou.


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