Schirlei Alves
Socorristas tentaram reanimar vítima por cerca de meia hora
Mãe de comerciante morto em latrocínio recebe apoio de familiares e amigosFoto: Diorgenes Pandini / Agencia RBS
Por cerca de meia hora os socorristas do Samu e dos Paramédicos da Polícia Militar tentaram reanimar o comerciante Rodrigo Rosa, de 28 anos, vítima de três disparos de arma de fogo, no final da noite desta quinta-feira.
A esperança dos familiares contagiou os profissionais que não mediram esforços para tentar salvar uma vida. Às 22h30, o dono da sorveteria que funcionava na rua Albano Schimdt, no bairro Boa Vista, não resistiu. A mãe Marlene e o irmão não puderam mais conter a tristeza.
A proprietária do prédio alugado pelo comerciante pronunciava palavras de revolta.
- O antigo comerciante já havia sido assaltado, a loja aqui ao lado também. Não dá mais, não tem mais condições de continuar -, dizia Líria Corbari, de 43 anos.
Um homem armado entrou no estabelecimento por volta de 22 horas anunciando o assalto. De acordo com a polícia, o comerciante teria reagido e acabou sendo baleado. Conforme um dos socorristas, os disparos atingiram o peito, uma das axilas e um dos braços. O suspeito fugiu levando a carteira da vítima.
Um comerciante de 48 anos responsável por uma lanchonete próxima ao estabelecimento de Rodrigo não percebeu a ação dos bandidos, apenas viu a movimentação da polícia. O latrocínio (roubo seguido de morte) o deixou preocupado.
- Estamos todas as noites correndo risco. Sempre digo para o meu filho que trabalha comigo para nunca reagir a um assalto -, comentou.
Segundo a proprietária do imóvel, Rodrigo havia iniciado o negócio fazia dois meses. Ele trabalhava duro para pagar as contas e, por isso, ontem, teria decidido atender até um pouco mais tarde.
Logo após a morte, policiais receberam uma denúncia, mas o suspeito não havia sido encontrado até a noite desta quinta-feira.
No dia 27 de agosto, o comerciante Leodir Fouz da Silva foi assassinado na porta de sua loja, construída na frente de casa, na região do Ulysses Guimarães. Uma escova que custa menos de R$ 5 foi a gota d'agua no desentendimento entre vizinhos que culminou com o crime.
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