por Aldo Urban
Homem recorre em liberdade da sentença de 18 anos de prisão em regime fechado. Julgamento foi em 2011
O empresário sequestrado junto com o filho de nove anos, no final da manhã de domingo passado (22/9), em São Francisco do Sul, foi condenado pelo crime de homicídio duplamente qualificado durante júri popular em novembro de 2011, em Joinville.
A sentença, na época, foi de 18 anos de prisão em regime fechado. Ele recorre da decisão em liberdade, pois, segundo decisão judicial, esteve preso até dezembro de 2010 e depois de solto não cometeu nenhum outro delito. “O acusado esteve preso recentemente e desde que foi posto em liberdade não há notícia de que tenha incorrido em algum delito, de modo que a prisão não se justifica para a garantia da ordem pública”, diz o trecho extraído do processo.
De acordo com a denúncia, o empresário seria mandante do assassinato de Daniel Antônio Penke, no início da madrugada de 29 de fevereiro de 2008. Ele contratou dois homens para assassinarem a vítima, porque este era companheiro de sua ex-namorada. Daniel e o suspeito também já haviam brigado anteriormente dentro de uma casa noturna. Os dois homens contratados pelo empresário para cometerem o crime foram condenados, cada um, a 16 anos de prisão.
Além da condenação pelo crime de homicídio, atualmente em grau de recurso, o empresário responde por estelionato na comarca de Biguaçu. A Polícia Civil não descarta a hipótese de que a ficha criminal tenha relação com o sequestro. Porém o delegado Leandro Lopes de Almeida, titular da delegacia em São Francisco do Sul, acredita que a vítima tenha ficado visada na cidade após se tornar empresário.
“A gente investiga se o sequestro tem alguma relação com a ficha criminal do empresário, mas é pouco provável. Apesar do histórico, a nossa investigação segue a linha de que ele foi vítima por ter se tornado empresário e ficado bastante visado na cidade”. O empresário foi rendido por cinco homens enquanto comprava carvão com o filho, por volta de 11h. Os sequestradores abandonaram o menino às margens da BR-280 e seguiram com o pai até Joinville.
O grupo queria R$ 100 mil para libertar o refém, mas desistiu a idéia ao saber que a polícia tinha sido informada sobre o rapto. O empresário acabou libertado em um viaduto da BR-101, em São José, na Grande Florianópolis. Os criminosos levaram o celular e cerca de R$ 800 que a vítima guardava no bolso.
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