Reunião pode determinar mudanças nas linhas a partir das 19 ou 21 horas
Reunião ocorreu na tarde de segunda, no 8º Batalhão da PM de JoinvilleFoto: Leo Munhoz / Agencia RBS
O medo de uma terceira onda de ataques em SC, mais uma vez, abalou a segurança de Joinville. O incêndio em um ônibus na zona Norte, na semana passada, fez com que os horários das linhas do transporte coletivo fossem reduzidos a partir das 23 horas.
Por meio de uma sugestão da própria Polícia Militar, nesta terça-feira representantes das empresas, da Prefeitura e da polícia definem se este horário será antecipado para 19 ou 21 horas. Como medida preventiva, a PM ainda anunciou os trabalhos de policiais à paisana dentro de ônibus, como forma de prevenir novos ataques e até de identificar os autores dos crimes.
Em reunião realizada na tarde de segunda-feira, ficou definido que, por enquanto, os horários das linhas de ônibus que circulam após as 23 horas em Joinville continuariam reduzidos, assim como já estava ocorrendo desde sexta-feira. A medida foi tomada após o primeiro ataque do mês de maio em Joinville. Criminosos invadiram um ônibus no Bom Retiro, apresentaram-se como membros do Primeiro Grupo Catarinense (PGC), colocaram fogo e fugiram em um Omega vermelho.
— Fomos pegos de surpresa na quinta. Aquilo foi uma afronta. Minha sugestão é baixar para 21 horas o horário de redução das linhas. Melhor seria ainda para as 19 horas, assim como fez Florianópolis em fevereiro —, sugeriu o comandante do 8º Batalhão da PM, tenente-coronel Eduardo Luiz do Valles.
A medida radical, informaram os representantes das empresas e da Prefeitura, não poderia ser tomada de uma hora para outra, nem iniciada nesta segunda.
— Estamos falando em atingir a vida de milhares de pessoas. A decisão precisa ser pensada junto ao prefeito, e a comunidade precisa ser informada antecipadamente —, explicou Alcides Bertoli, diretor da Gidion.
Um dos motivos que pode impedir que o horário seja reduzido, são as aulas em universidades e escolas.
— Em fevereiro, conseguimos baixar o horário porque as aulas ainda não tinham começado. Agora, a situação é muito mais complicada —, complementou Vilmar Harger, diretor da Transtusa.
Fiscalização intensa e PMs à paisana
Mesmo sem uma nova definição, a PM afirmou que o trabalho de escolta e monitoramento durante a noite e madrugada continua ocorrendo.
— Não conseguimos escoltar todas as linhas. Estamos falando em 600 carros. Isso seria impossível. Mas não estamos medindo esforços —, informou o comandante Valles.
Para esta semana, a novidade será o monitoramento de policiais à paisana (que não estão uniformizados) dentro dos ônibus, como forma de manter a segurança, mas, principalmente, para identificar os criminosos em caso de um novo ataque. O número de policiais e em quais linhas eles irão atuar – disfarçados de passageiros – não foram revelados para não prejudicar os trabalhos.
Nestes últimos dias, a partir das 18 horas, duas viaturas da PM atuam apenas para escoltar os ônibus. As demais podem prestar apoio, mas trabalham nos atendimentos normais das ocorrências policiais.
Para o feriadão, quando ocorrem eventos como os jogos da Udesc e o do JEC na sexta-feira, o trabalho ostensivo da polícia será dobrado. Segundo ainda Valles, as informações que chegam até a polícia indicam que os atentados ainda não acabaram.
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