Garoto conta que já experimentou de tudo nas baladas da região
Na rave que ocorreu na madrugada de domingo, em Araquari, pelo menos quatro tipos de drogas eram vendidos, comprados e consumidos facilmenteFoto: Maiara Bersch / Agencia RBS
Na reportagem do “A Notícia” que flagrou o tráfico de drogas sintéticas dentro de baladas de Joinville e Araquari no fim de semana, alguns jovens deram o o testemunho de que consomem o produto ilícito sem a menor dificuldade.
Na festa rave em Araquari, um jovem de 18 anos contou que já experimentou de tudo, menos o “pó” (cocaína), apesar de ter amigos que consomem a droga. Os pais não sabiam que ele estava na rave nem que é usuário de droga.
— Eu uso ecstasy há dois anos, mas ninguém sabe —, revelou.
O jovem gosta das companhias, apesar da pouca interação durante a festa, e acredita estar protegido por elas.
— Aqui só tem gente boa. Se eu passar mal, por exemplo, sei que eles vão me ajudar.
Quando perguntado se é viciado em ecstasy, ele não soube responder. Mas afirmou que tem aumentado o consumo e, depois de ficar devendo aos traficantes, pretende diminuir.
— No começo, uma ‘bala’ era o suficiente para ficar legal a noite inteira. Mas já cheguei a tomar cinco numa noite e dez num fim de semana. Agora eu tomo, no máximo, três —, revelou.
O garoto falou, ainda, das facilidades em comprar ecstasy, LSD, cocaína e maconha na festa.
— É muito fácil de comprar, conheço várias pessoas que vendem. Só não tem lança-perfume —, disse.
Fiscalização fica por conta da organização
De acordo com a sócia-proprietária da Soul Club, Francine Olsen, a festa deste fim de semana não foi organizada pela casa. O espaço foi alugado para a realização do evento da última sexta-feira. No contrato de locação, a casa especifica que é proibida a venda e o consumo de drogas. Porém, a fiscalização fica por conta da organização.
O organizador do evento, Renato Trevisoli, informou que os seguranças foram orientados a coibir o tráfico de drogas na festa. Inclusive, dois seguranças estariam trabalhando à paisana para intensificar a fiscalização. Porém, nenhuma situação foi flagrada pelos profissionais.
— Não é vantagem nenhuma ter esse tipo de coisa na casa. Todo mundo está bem consciente tentando fazer o possível para erradicar o problema, mas é difícil de pegar. Fiscalizar é uma responsabilidade de todos e eu acredito que eles tentaram e fizeram um bom trabalho naquela noite —, avaliou.
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