Luiz Carlos Flores, o Liquinha, foi submetido a exame psiquiátrico no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Florianópolis
Luiz Carlos Flores (de azul), que confessou ter matado a marteladas pais, irmã e sobrinho, chegou a ir ao velório dos familiaresFoto: Maiara Bersch / Agencia RBS
Camila Guerra
O suspeito de ter cometido o crime que chocou à pacata cidade de Penha, no Litoral Norte, em dezembro do ano passado, foi considerado lúcido pela Justiça. Luiz Carlos Flores, o Liquinha, foi submetido a exame psiquiátrico no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Florianópolis em 20 de fevereiro.
Conforme a 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Balneário Piçarras – onde tramita o processo – o laudo, que foi anexado aos autos em 12 de abril, aponta a sanidade mental de Liquinha. De acordo com o documento, o suspeito tinha discernimento do que estava fazendo na noite de 7 de dezembro de 2012. O exame toxicológico realizado na época, comprovou o uso de cocaína e maconha pelo suspeito. No entanto, o laudo afirma que independentemente do uso de substâncias tóxicas, o suspeito sabia o que estava fazendo.
Liquinha confessou ter matado a marretadas a mãe Carmem Cunha Flores, 69 anos, e a golpes de martelo a irmã Leopoldina Carmem Flores, 41 anos, o sobrinho Pedro Henrique Flores, 10 anos e o pai Luiz Nilo Flores, 72 anos, menos de 48 horas depois da chacina.
Em depoimento à Polícia, o suspeito alegou que o objetivo era matar a irmã, mas como não queria que a mãe sofresse, matou-a primeiro para poupá-la. Após atingir a irmã com golpes de martelo, Liquinha disse que se viu obrigado a matar o sobrinho e o pai para não deixar testemunhas.
Em janeiro deste ano, AN teve acesso com exclusividade ao vídeo da confissão do suspeito. Na gravação, ele relata com frieza cada assassinato e demonstra de forma enfática a raiva que nutria pela irmã:
— Se ela estivesse viva, ela ia de novo.
Luiz Carlos Flores foi transferido para o Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí – Penitenciária da Canhanduba – no fim de janeiro, onde está preso preventivamente.
A primeira audiência para instrução do processo foi marcada para 14 de maio às 14 horas. Na ocasião, o juiz Alexandre Schramm vai ouvir testemunhas de defesa e acusação e o próprio Liquinha. Débora Islan do Nascimento, advogada de Liquinha, foi procurada por AN mas não quis comentar qual será a estratégia da defesa.
Advogada de Liquinha, foi procurada por AN mas não quis comentar qual será a estratégia da defesa.
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